terça-feira, 1 de abril de 2008

Sofia



Eram tantas horas de trabalho que nem ela mesmo sabia mais o que era um minuto de diverção,e levava seu dia por levar porque não tinha outro jeito a fazer se não o que tinham lhe deixado o destino sem nunca ter alguém lhe perguntado o que ela queria ser,todos os dias estava ela com a mesma cara e o mesmo penteado sem modificar uma dose do teu humor. Como uma boneca educada e com um sorriso amigável na face assim ela seguia dia após dia. No caminho pra casa encontrava algums amigos também cansados da sua guerra diária e meio sem assunto,nenhum deles aguçara seu gosto pela musica,pela boa musica ou se quer tinha uma boa dica de um livro para indicar.....e assim no maximo que se faziam eram os comprimentos com os olhos ou com um leve mover das mãos e um sorriso cálido. Bastava pra alguns. Mais cada um parecia tão preocupado em si que não notava mais as coisas em redor, os pequenos fatos que poderiam fazer toda diferença no dia de alguém, de outro alguém.
Ela se chama Sofia, como sua avó paterna, tinha cabelos crespos e longos,era uma jovem mestiça e formosa,seu ar diplomata pairava sobre ela, usava saias rodada e com estampas discretas que a deixava elegante sempre. Não possuíam, muita vaidade, porem tinha o desejo de cuidar-se, e não se descuidava de parecer bem. Quem nega-se a esse desejo nos dias de hoje não pode conviver entre os outros, no mundo crido pelos outros um mundo onde poucos podem realmente viver porem todos se infiltram como bactérias no vento se espalham....e Sofia o que havia de fazer se não como todos os outros fingir viver.... trabalha e viver,sem ler,ver,falar ou acrescentar. Viver.

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