quarta-feira, 9 de abril de 2008

Macula.

Em seu quarto Sofia,pensa um pouco, na loucura toda que tinha passado a minutos atrás, alguns papeis a sua volta,deitada em sua nostalgia,trancada em algum lugar que não sabe como chegou,ou o caminho de volta,talvez a espera do príncipe que vai tira-la desse castelo de vidro,transparente onde alguns pensam que sabem do outro,outros não se importam com os outros,alguns sentem pelos outros e para alguns outros são apenas,OUTROS. As vezes sem se dar conta fazemos um desses papeís,por mais que não queiramos,excluímos,celetamos,rotulamos..e com isso deixamos para trás o diferente,talvez quem pudesse nos trazer algo de novo. Porem pior que os fazer é ser um deles,é ser um rotulado ou excluído por um simples e questionável motivo,cor,jeito ou seja lá o que for,e Sofia,era uma delas,era uma das que o destino se encarregou de fazer difente.
Sentia dificuldades,sim de acordar e ver-se as vezes,passava horas enfrente a quem não te agredia ou se importava com coisa fúteis,mesmo com toda força,que precisava ter diariamente para não morrer dentro de si,em dias ela apenas acordava e não fazia nada, não levantava, não se importava com o sol,com que diriam os outros,ela apenas chorava por ter nascido Sofia ,e ter nascido aquela Sofia que deixava a mostra a dor de ter sido maculada, por ter trazido a anos os dedos pesados,os olhares curiosos e as piedades forjadas de quem apenas não queria ter tido seu papel,quantos o faziam por si.
Se indaga noite a noite, se pergunta hora a hora,mais nada pode lhe trazer os anos que passou,nada pode lhe dar a segurança forçada que teve que aprender quando um garoto de classe fez um desenho teu na losa e pois palavras bizaras nela,e fez toda classe rir dela,a menininha teve que ser mais do que aqueles adjetivos ,mais do que aqueles risos em sua direção. Ali descidiu trancar-se em si,torna-se muralha,ser acima,ser alem de qualquer um viver apenas Sofia se quisessem uma estranha teriam uma, dançaria de acordo o que quisessem,mais seria do seu modo,o teu tango! Foi difícil aceitar andar na rua quando a vaidade ia chegando,quando as modas iam passando,quando seu coração bateu pela primeira vez,por um garoto na terceira serie e não pode falar,mandar uma carta,ou ter uma turma de amiga para falar sobre garotos,assuntos bobos....e seu cabelo sempre lhe cobria a face,negro e lindo,lhe cobrindo os olhos. Ela cobria o que nela de mais lindo tinha, porque ao olhar ninguem percebia. Linda Sofia

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